Noa Noa: A arte editorial de Cleber Teixeira
Data da publicação: 17 de junho de 2021 Categoria: Eventos, Notícias, PalestrasNOA NOA: A ARTE EDITORIAL DE CLEBER TEIXEIRA
O poeta, tipógrafo e editor Cleber Teixeira, fundador da editora Noa Noa, é homenageado em um dia de conversas e reflexões sobre o cuidado artesanal com a edição, o destaque à materialidade do livro e sua importância para a fruição da literatura (traduzida). Escritores e tradutores, editores e pesquisadores falam sobre sua colaboração com Cleber e a importância da Noa Noa na história editorial brasileira. Esta homenagem é realizada pelo Centro de Estudos de Tradução Literária da Casa Guilherme de Almeida em parceria com o Instituto Casa Cleber Teixeira, a Pós-Graduação em Estudos da Tradução (POET) da Universidade Federal do Ceará (UFC) e o Instituto de Letras e Comunicação da Universidade Federal do Pará (UFPA).
O evento será realizado online, através da plataforma Zoom. Para realizar sua inscrição, clique aqui
19 de Junho de 2021 | 10h às 17h30
Concepção e mediação: Mayara Ribeiro Guimarães, Simone Homem de Mello, Walter Carlos Costa
Com Angela Melim, Aníbal Bragança, Daniel Ballester, Flavio Vignoli, Gleiton Lentz, Julio Castañon Guimarães, Maria Elisabeth de Quadros Pereira Rego e Tina Merz
Programação
10h Abertura
Simone Homem de Mello
10h15 Noa Noa, antes e hoje
Maria Elisabeth de Quadros Pereira Rego, Mayara Ribeiro Guimarães e Walter Carlos Costa
10h45 Noa Noa no contexto das editoras brasileiras
Por Aníbal Bragança
Mediação: Simone Homem de Mello
11h30 Uma editora autoral
Com Daniel Ballester e Regina Melim
Mediação: Mayara Ribeiro Guimarães
12h30 Intervalo
14h O lugar do tradutor
Com Angela Melim e Júlio Castañon Guimarães
Mediação: Walter Carlos Costa
15h Cléber e a máquina (2013)
Direção: Rosana Cacciatore
15h45 A materialidade da edição
Com Flávio Vignoli e Gleiton Lentz
Mediação: Simone Homem de Mello
16h45 O pensamento gráfico de Cléber Teixeira
Por Tina Merz
Mediação: Mayara Ribeiro Guimarães
17h30 Encerramento: Simone Homem de Mello
Perfil dos participantes
Angela Melim, escritora e tradutora, é autora O vidro o nome (1974, poesia), Das tripas coração (1978, poesia) As mulheres gostam muito (1979, prosa poética), Vale o escrito (1981, poesia), Os caminhos do conhecer (1981, poesia), O outro retrato (1982, prosa poética), Poemas (1987), Mais dia menos dia (1996, obra reunida), Possibilidades (2006, poesia). Pela Noa Noa, publicou traduções de W. H. Auden e de Virginia Woolf na década de 1970.
Aníbal Bragança, doutor em Ciências da Comunicação pela ECA/USP, é professor universitário aposentado pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Escreveu A Livraria Ideal, do cordel à bibliofilia (2.ed. 2009), além de ter organizado Rei do Livro – Francisco Alves na história do livro e da leitura no Brasil (2016) e coorganizado Impresso no Brasil, dois séculos de livros brasileiros (2010), entre outros.
Daniel Ballester nasceu em Buenos Aires em setembro de 1955. Em 1977, fugindo da ditadura argentina, viajou ao Brasil e viveu em Florianópolis até 1990. Ali publicou, entre outros trabalhos, Nada tan pesado como el mar e Aracnìdeo, editados pela Noa Noa. Em 2015 foi publicado em Buenos Aires, pela editora Ciccus, o seu livro El otro mar. Trabalha há 35 anos como produtor e diretor de rádio, nos últimos 15 anos na AM 530, rádio da Asociación Madres de Plaza de Mayo, com o programa El sonido y la furia.
Flávio Vignoli é artista gráfico e designer proprietário da gráfica particular Tipografia do Zé.
Gleiton Lentz, editor da (n.t.) Revista Nota do Tradutor, é pós-doutor em Estudos da Tradução (PGET/UFSC), doutor em Literatura (UFSC/Università di Firenze), tradutor e revisor. Dedica-se ao estudo e tradução da poesia simbolista italiana e hispano-americana e ao estudo da origem das escritas antigas e suas literaturas, incluindo a suméria e a maia.
Júlio Castañon Guimarães é poeta, tradutor, pesquisador e doutor em letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Autor de, entre outros, Poemas [1975-2005] (2006), Se dispersão (2017) e Em viagem (2017). Recentemente, publicou a tradução integral de As flores do mal, de Baudelaire (2019).
Maria Elisabeth de Quadros Pereira Rêgo, nascida em Rio Pardo (RS), estudou Arquitetura na UFRGS e fez Mestrado em Lima, Peru. Foi professora da UnB e trabalhou no Rio de Janeiro como arquiteta de empresas públicas. Em 1977, transferiu-se para Florianópolis como funcionária da ELETROSUL, participando de projetos decorrentes da construção das barragens do Rio Uruguai. Conheceu Cleber Teixeira em 1974, no Rio de Janeiro, e foi sua companheira por quase 40 anos. Desde 2013, tem sido a “guardiã” do acervo que registra a obra de Cleber: as edições da Noa Noa, a biblioteca, livros e textos autorais e documentos que mostram a história da editora. Para esta tarefa tem contado com a ajuda de familiares e amigos, de projetos de extensão da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e da Fundação Catarinense de Cultura através de prêmio em edital para seleção de projetos. Em setembro de 2019 participou da criação do “Instituto Casa Cleber Teixeira”, que garante caráter institucional às ações realizadas (palestras, oficinas, exposições e organização da biblioteca), incorporando o espaço da Noa Noa como parte do acervo a ser preservado. Atualmente é a diretora do Instituto.
Mayara Ribeiro Guimarães é professora de Literatura Brasileira na graduação e pós-graduação da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém. É doutora e mestre em Literatura Brasileira pela UFRJ, onde também se graduou em Língua e Literatura Inglesas. Além de ser editora-chefe da Revista MOARA, do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPA, organizou as coletâneas de contos Clarice Lispector — Extratextos (com Luis Maffei, 2012) e de ensaios No meio-dia verde do agora. Formas do contemporâneo na literatura brasileira (2012), No horizonte do provisório. Ensaios sobre tradução (com Walter C. Costa e Izabela Leal, 2013), Tradução: limiares e caminhos (com Izabela Leal, 2017), Age de Carvalho: todavida, todavia. Poesia, jornalismo e design gráfico desde 1980 (com Age de Carvalho, 2018) e Max Martins em colóquio: estudos de poesia (com Age de Carvalho, 2019). Dedica-se à crítica literária e à literatura comparada de autores do século XX e XXI, aos estudos de prosa e ficção, tradução literária e à relação entre literatura e imagem.
Regina Melim é docente no Departamento de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Coordena nesta mesma Universidade, junto com Raquel Stolf, o Grupo de Pesquisa Proposições Artísticas Contemporâneas e seus processos experimentais, bem como a sala de leitura | sala de escuta, um espaço que abriga um acervo de publicações de artista (impressas e sonoras) para pesquisa, leitura e escuta a todos os interessados no tema. Em 2006 criou a par(ent)esis, uma plataforma de pesquisa, produção e edição de projetos artísticos e curatoriais no formato de publicações impressas (www.plataformaparentesis.com). Coordenou entre 2012 e 2019 a publicação ¿hay en portugués?, como atividade decorrente de seminários realizados com os alunos do PPGAV/CEART/UDESC: (http://www.plataformaparentesis.com/site/hay_en_portugues/).
Simone Homem de Mello, escritora e tradutora literária, coordena desde 2011 o Centro de Estudos de Tradução Literária da Casa Guilherme de Almeida. Em 2012, fez a curadoria da exposição Estalactites Tipográficas, de Guilherme Mansur, com poemas de August Stramm traduzidos por Augusto de Campos, na Casa das Rosas (São Paulo). Sobre a história da tradução e da edição no Brasil publicou Histórias de imagens e versos. Wilhelm Busch traduzido por Guilherme de Almeida (2017) e Editando o Editor: Guilherme Mansur (2018).
Tina Merz é designer gráfica. Graduada pela UDESC, com intercâmbio na Folkwang Universität der Künste de Essen, Alemanha, e mestre em Artes Visuais (UDESC), na linha Processos Artísticos Contemporâneos. Como pesquisadora se dedica às publicações de artista e práticas curatoriais. Trabalha e desenvolve projetos de design gráfico, voltados às áreas editorial e cultural.
Walter Carlos Costa estudou Filologia Românica na KU Leuven, Bélgica; tem doutorado pela University of Birmingham e pós-doutorado pela UFMG. É professor titular aposentado da UFSC, onde atua na PGET (Pós-Graduação em Estudos da Tradução); pesquisador do CNPq e professor da POET (Pós-Graduação em Estudos da Tradução), da Universidade Federaldo Ceará (UFC). Traduz do neerlandês, inglês, francês e espanhol.
Realização
Centro de Estudos de Tradução Literária da Casa Guilherme de Almeida
Instituto Casa Cleber Teixeira
http://www.editoranoanoa.com.br/
Instituto de Letras e Comunicação da Universidade Federal do Pará (UFPA)
https://portal.ufpa.br/index.php/contato/150-ilc-instituto-de-letras-e-comunicacao
Pós-Graduação em Estudos da Tradução (POET) da Universidade Federal do Ceará (UFC)