Efeitos de frequência no processamento de orações relativas e orações adversativas
Prof. Dr. Márcio Leitão (UFPB)
Pretendo apresentar parte de duas pesquisas de doutorado (Cabral, 2016, Simões, 2019) realizadas no âmbito do LAPROL – Laboratório de Processamento Linguístico da UFPB. A primeira diz respeito ao processamento de orações relativas de sujeito e de objeto em português brasileiro e português europeu, focalizando o controle da animacidade dos referentes oracionais e o impacto desse fator juntamente com a frequência das estruturas sintáticas investigadas. A segunda pesquisa diz respeito ao processamento de orações adversativas articuladas com conectivos mais frequentes ou menos frequentes, além da comparação com orações sem conectivo. Neste último, foram testados alunos do ensino superior e do ensino médio, com o objetivo de se fazer um mapeamento de habilidades leitoras no processamento oracional em níveis de escolaridade distintos. Em ambos os estudos, encontramos efeito de frequência significativo, influenciando o processamento junto com outros fatores estudados. No primeiro estudo, não encontramos assimetria no processamento das relativas de sujeito e de objeto quando controlamos a animacidade e observamos a frequência das orações. No segundo estudo, encontramos diferenças no processamento, dependendo da frequência dos conectivos e da escolaridade.
Bio:
Márcio Martins Leitão possui graduação em português – Literaturas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1997), mestrado em Linguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001), doutorado em Linguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2005) e Pós-doutorado em Psicolinguística pela Universidade de Lisboa (financiado pela CAPES). Atualmente é professor associado da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e coordena o LAPROL (Laboratório de Processamento Lingüístico), Além disso, foi coordenador do GT de Psicolinguística da ANPOLL no biênio 2013-2014, é membro da Rede Ciência para Educação – REDE CpE e é também um dos coordenadores da Comissão Científica da Área de Psicolinguística e de Neurolinguística da ABRALIN. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Psicolinguística Experimental, atuando principalmente nos seguintes temas: processamento anafórico, processamento linguístico e patologias relacionadas a linguagem (Afasia, Alzheimer, Gagueira) e processamento linguístico em aprendizes de L2. Tem interesse também na interface entre Processamento Linguístico e Educação, além de divulgação científica.
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