Defesa de dissertação: A retradução d’O hobbit de J. R. R. Tolkien no Brasil: Contexto, texto e paratexto
Data da publicação: 21 de novembro de 2023 Categoria: Bancas de Defesa, Defesa de Mestrado, Estudos da Tradução, Notícias, Paratexto, RetraduçãoA POET convida a todas e todos para a defesa de mestrado de Hélio Parente de Vasconcelos Neto, a ser realizada no dia 27/11/2023, a partir das 16h.
Discente: Hélio Parente de Vasconcelos Neto
Orientadora: Luana Ferreira de Freitas
Data: 27/11/2023 às 16h
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Título do Trabalho
A retradução d’O hobbit de J. R. R. Tolkien no Brasil: Contexto, texto e paratexto
Resumo
Esta dissertação tem como objetivo realizar uma análise crítica da retradução de J. R. R. Tolkien no Brasil. O britânico influencia imensamente a literatura de fantasia moderna, especialmente nas produções estadunidenses e europeias, através de suas obras como The Lord of the Rings (1954-55) e The Hobbit (1937). Isto se dá, dentre outras razões, pelo fato de Tolkien preocupar-se com a criação de um mundo secundário tão complexo quanto o nosso mundo real, o primário, contando com geografia, história, línguas e culturas próprias. Desta maneira, para tornar possível a análise de sua retradução no território brasileiro, é necessário definir um corpus. Para esta pesquisa, o corpus será composto pela obra The Hobbit (1937) e sua retradução para o português brasileiro, O Hobbit (2019a) de Lopes, como material base. Para alcançar este objetivo, explora-se a Hipótese da Retradução, atribuída ao filósofo francês Antoine Berman (2017). Ademais, analisa-se as contribuições contemporâneas à hipótese bermaniana de retradução, que trazem à tona aspectos sócio-históricos, a influência do mercado na retradução e a influência de outros agentes editoriais como revisores, editores e censuradores. Estas contribuições são exemplificadas aqui por Albachten e Gürçağlar (2018), Cadera e Walsh (2017), Van Poucke e Gallego (2019) e Paloposki e Koskinen (2004). Investiga-se, também, os paratextos presentes nesta retradução, sejam eles paratextos do texto fonte traduzido ou comissionados para esta edição da obra. Utiliza-se, nesta dissertação, da teoria paratextual de Genette, complementando-a com as teorias específicas do paratexto de traduções, através das pesquisas de Torres (2011), Cardellino (2015) e Gürçağlar (2011). Por fim, o embasamento teórico da pesquisa é pautado, ainda, nos estudos sobre a vida e obra de J. R. R. Tolkien, tais como os estudos de Scull e Hammond (2017), Rateliff (2011) e Carpenter (2018). A pesquisa conclui que a hipótese bermaniana da retradução não se comprova, provando que o processo retradutório não necessariamente envolve uma evolução linguística linear ou o envelhecimento de traduções, sendo necessário a análise do paratexto, do contexto sócio-histórico e da influência de agentes editoriais na sua produção.
Palavras-chave
Estudos da Tradução;
J. R. R. Tolkien;
Retradução;
Paratexto.
Banca
Luana Ferreira de Freitas (presidente);
Gilles Abes (UFSC);
Marie-Héléne Catherine Torres;
Walter Carlos Costa.