Área do cabeçalho
gov.br
Portal da UFC Acesso a informação da UFC Ouvidoria Conteúdo disponível em: PortuguêsEnglishEspañol

Universidade Federal do Ceará
Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução

Área do conteúdo

II Colóquio Poesia e Tradução

Data de publicação: 3 de novembro de 2017. Categoria: Notícias

O Programa de Pós-graduação em Estudos da Tradução da UFC, em parceria com a Casa Guilherme de Almeida Centro de Estudos de Tradução Literária, convida a todos para o II COLÓQUIO POESIA E TRADUÇÃO, a ser realizado entre os dias 06 e 10 de novembro no Auditório José Albano – Centro de Humanidades área 1. O interessado deve se inscrever através do e-mail poet@ufc.br  informando nome completo, curso/área de atuação e e-mail para contato. Para eventuais dúvidas, entrar em contato no 3366-7912. Abaixo segue a programação completa do Colóquio.

 

MINICURSO COM PHILIPPE HUMBLÉ (VUB, Vrije Universiteit Brussel, Bélgica).

07-08/11/17 – 14:00 – 18:00

“Traduzir poesia com computador. Desafios e benefícios”

 

Resumo. A ideia deste curso veio da minha própria prática de traduzir poesia inglesa e francesa para o neerlandês. Comecei a fazer experimentos com o Google Translate e os resultados por vezes me surpreenderam, tanto no mau sentido como no bom. A tecnologia evolui a grandes passos e percebemos que os algoritmos se adaptam cada vez mais ao que o usuário humano espera. No entanto, especialmente no caso da poesia, as falhas são múltiplas e muito interessantes. Neste curso, faremos um exercício de ‘error analysis’, como o procedimento ficou conhecido no ensino de línguas estrangeiras. A metodologia elaborada por Pit Corder nos anos sessenta, entre outras, nos proporciona instrumentos valiosos para analisar os erros cometidos pelo Google Translate ao tentar se equiparar aos tradutores humanos. Vamos tentar achar a essência da poesia, encontrando e analisando os deslizes que uma máquina comete ao traduzir um tipo de linguagem não essencialmente denotativo. Nos concentraremos na poesia de Emily Dickinson, Charles Bukowski e Walt Whitman para a tradução do inglês para o português. Dependendo do conhecimento de línguas estrangeiras dos participantes, analisaremos também poesia traduzida em outras, ou de outras, línguas.

Palavras chave: tradução de poesia, Google Translate, Emily Dickinson, Charles Bukowski, Walt Whitman

 

CONFERÊNCIAS E COMUNICAÇÕES 09-10 09/11/17

 

09/11

09:00

Abertura

Vládia Maria Cabral Borges (Diretora do Centro de Humanidades); Robert de Brose (Coordenador da POET, Pós-Graduação em Estudos da Tradução)

 

Conferência de abertura

09:30

Raimundo Carvalho (UFES): “Traduções poéticas das Metamorfoses, de Ovídio”.

Coordenação: Robert de Brose (Coordenador da POET, Pós-Graduação em Estudos da Tradução)

 

Raimundo Carvalho é professor de língua e literatura latinas na UFES (Universidade Federal do Espirito Santo. Tem graduação em Letras (Português/Latim) e mestrado em Literatura Brasileira, pela UFMG e doutorado em Semiótica, pela PUCSP, onde defendeu a tese Bucólicas: uma constelação de traduções. Entre seus livros, destacam-se Murilo Mendes: o olhar vertical (Edufes,  2001), Bucólicas de Virgilio. Tradução e comentário (Crisálida, 2005), Sob o signo de Babel, Literatura e poéticas da tradução (org.; PPGL/Flor&cultura, 2006). Metamorfoses em Tradução: Estudo e Tradução poética dos cinco primeiros livros das Metamorfoses de Ovídio (disponível em http://www.usp.br/verve/coordenadores/raimundocarvalho/rascunhos/metamorfosesovidio-raimundocarvalho.pdf); Porque calar nossos amores Poesia homoerótica latina. (org., Autêntica, 2017. É autor dos seguintes volumes de poesia: Sabor Plástico (Ed. do autor, 1983), Catábase (Fahrenheit 451, n.3, 1989), Brinde (Ed. do autor, 1990), Conversa com o ciclope (Col. Poesia Orbital, 1997). Sua obra infanto-juvenil inclui Circo Universal (Dimensão, 2000) e Balada do Velho Chico (Autêntica, 2016).

Lattes: http://lattes.cnpq.br/8131553979688267

Resumo. Levantamento das principais traduções poéticas das Metamorfoses de Ovídio em português e uma breve explanação do percurso tradutório de cada um dos tradutores, seguidos da apresentação de um trecho traduzido por mim, como parte de um projeto que visa a tradução integral da obra máxima de Ovídio.

Palavras-chave: Ovídio; Metamorfoses; tradução poética.

 

10:30

Mesa-redonda

Simone Homem de Mello (CGA): “Parâmetros para a tradução de poesia de vanguarda”; Luis Alberto Brandão (UFMG): “Agentes da obra”; Philippe Humblé (VUB): “A tradução de poesia. Imune às novas tecnologias?”.

Coordenação: Fernanda Suely Muller (UFC)

 

Simone Homem de Mello é autora e tradutora literária. Sua poesia está reunida em Périplos (2005), Extravio marinho (2010) e Terminal, à escrita (2015) e em antologias brasileiras e estrangeiras. Escreveu os libretos das óperas Orpheus Kristall (Munique, 2002), Keine Stille auβer der des Windes (Bremen, 2007) e UBU – Eine musikalische Groteske (Gelsenkirchen, 2012). Como tradutora, dedica-se à poesia moderna e contemporânea de língua alemã. Atualmente é coordenadora do Centro de Estudos de Tradução Literária da Casa Guilherme de Almeida (São Paulo) e coordenadora de Pesquisa do Acervo Haroldo de Campos (Casa das Rosas, São Paulo). Fez graduação em Letras (Alemão-Inglês-Português) na USP, mestrado sobre a relação de palavra e imagem na arte conceitual, na Universidade de Colônia, e doutorado sobre tradução de poesia de vanguarda, na PGET/UFSC.

Lattes:  http://lattes.cnpq.br/8812272729422798

Resumo. A comunicação aponta a poesia de vanguarda como uma manifestação literária que torna especialmente nítidas questões centrais de elaboração poética, bem como de tradução de poesia. A centralidade da linguagem, bem como de sua inovação dentro do programa de uma escrita autoral singular requerem, na tradução da poesia de vanguarda, um posicionamento do tradutor diante de questões incontornáveis. O conceito de linguagem da obra, a historicidade do original e da tradução e a dinâmica escritural do texto são os três parâmetros que norteiam a proposta de tradução poética a ser apresentada nesta comunicação.

Palavras-chave: poesia de vanguarda; tradução; linguagem; escrita autoral.

 

Luis Alberto Brandão é Professor Titular da Faculdade de Letras da UFMG, onde atua desde 1996 na graduação e no Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários. É pesquisador do CNPq. Ensaísta e ficcionista, publicou, entre outros, os livros Teorias do Espaço Literário (Editora Perspectiva, Finalista do Prêmio Jabuti, categoria teoria/crítica literária), Manhã do Brasil (Editora Scipione, Finalista do Prêmio Portugal Telecom e Finalista do Prêmio São Paulo de Literatura, categoria romance), Chuva de Letras(Editora Scipione, Prêmio Nacional de Literatura João-de-Barro, Finalista do Prêmio Jabuti, Livro selecionado para o PNBE – Programa Nacional Biblioteca da Escola, do MEC), Grafias da Identidade: Literatura Contemporânea e Imaginário Nacional (Editora Lamparina, Finalista do Prêmio Jabuti, categoria teoria/crítica literária), Um Olho de Vidro: A Narrativa de Sérgio Sant’Anna (Fale/UFMG, Prêmio Nacional de Literatura Cidade de Belo Horizonte, categoria ensaio), Saber de Pedra: O Livro das Estátuas (Editora Autêntica, Bolsa Vitae de Artes: literatura) e Tablados: Livro de Livros (Editora 7Letras).

Latteshttp://lattes.cnpq.br/6000133796297063.

Resumo. Tendo como ponto de partida questões sobre a noção de obra e seu corolário de unidade ‒ as quais abarcam os vínculos entre obra e objeto, suporte, condições de apresentação, corpo, espaço perceptivo, mecanismos culturais ‒, proponho um exercício especulativo sobre as delimitações e os cruzamentos entre alguns dos principais agentes e dos respectivos processos de atuação a que tal noção se associa, com destaque para tradutor, editor, curador, leitor e autor. Proponho também uma breve projeção crítica de tal exercício nos seguintes objetos: a tradução para o inglês, feita por Hugh Hazelton, do livro Vesuvio, de Zulmira Ribeiro Tavares (e algumas variantes de poemas desse livro), e a tradução para o português, feita por José Paulo Paes, das duas versões do poema “The locust tree in flower”, de William Carlos Williams.

Palavras-chave: obra; tradução; agentes.

 

Philippe Humblé estudou Filologia Românica na KU Leuven e possui um doutorado em lexicografia bilíngüe (Universidade Federal de Santa Catarina / University of Birmingham ). Por 25 anos, ensinou língua, cultura e literatura espanholas (mais especificamente Borges e Don Quijote), lexicografia bilíngue e tradução literária (Português, Espanhol e Inglês) na Universidade Federal de Santa Catarina. Voltou para a Bélgica em 2009. Atualmente ensina espanhol, tradução e cultura, bem como comunicação intercultural na Vrije Universiteit Brussel. Suas publicações incluem livros como Dictionaries and Language Learners (Haag und Herchen, 2001), artigos sobre a relação entre tradução e lexicografia, o uso de corpora em estudos de tradução, a tradução autores hispano-americanos, brasileiros, japoneses e alemães. Nos últimos cinco anos, ele tem se interessado particularmente pela tradução da literatura de imigrantes espanhóis, norte-africanos, japoneses e alemães na Europa e no Brasil.

Currículo: http://www.vub.ac.be/people/philippe-humble

Resumo. Todas as pessoas que se ocupam com a tradução de poesia conhecem a frase famosa de Frost: “I could define poetry this way: it is that which is lost out of both prose and verse in translation.” [Conversations on the Craft of Poetry 1959)]. A frase ficou mais conhecida como “A poesia é o que se perde na tradução.” Partindo deste pressuposto, e invertendo este axioma, poderíamos dizer que aquilo que o tradutor conserta é a essência da poesia. E se eliminássemos o tradutor ou a tradutora, se trocássemos por uma máquina, o que sobraria? São os resultados deste experimento, em busca do ‘in-eliminável’ na poesia, que procuraremos mostrar nesta comunicação. Traduzimos poesia de Emily Dickinson, Charles Bukowski e Walt Whitman por meio de Google Translate, tradutor automático que é visto com muita circunspecção por boa parte dos intelectuais que se ocupam com língua. Quando a poesia se traduz sem a intervenção de um ser humano, o que tem que ser consertado? Veremos que os tradicionais tratados sobre poesia analisaram bem o gênero e que o tradutor aprendiz pode considerar os erros do Google como uma ‘checklist’. O resto depende do talento de cada um.

Palavras-chave: tradução de poesia; Google Translate; Emily Dickinson; Charles Bukowski; Walt Whitman.

 

15:00

Conferência

Henryk Siewierski (UnB): “Stanisław Barańczak e a poesia que se salva na tradução”

Coordenação: José Roberto O’Shea (UFSC)

 

Henryk Siewierski, nasceu em Wrocław, Polônia. Formou-se em filologia polonesa pela Universidade Jaguelloniana, em Cracóvia, onde também fez doutorado em Ciência da Literatura e foi professor. Nos anos 1981-1985 leccionou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Em 1986 veio ao Brasil a convite da Fundação Nacional Pró-Memória e, no ano seguinte, começou a lecionar na Universidade de Brasília (UnB), onde hoje é Professor Titular do Departamento de Teoria Literária e Literaturas. Nos anos 1986-1991 editou a revista Aproximações: Europa de Leste em Língua Portuguesa. Foi diretor do Instituto de Letras da UnB e diretor da Editora UnB. Publicou livros: Spotkanie narodów (O encontro das nações), Paris, 1984; Jak dostałem Brazylię w prezencie (Como ganhei o Brasil de presente), Cracóvia, 1998; História da literatura polonesa, Editora UnB, 2000; Raj nie do utracenia. Amazońskie silva rerum(Um paraíso imperdível. Silva rerum amazônico), Cracóvia, 2006; “Architektura słowa” i inne szkice o Norwidzie (“Arquitetura da palavra” e outros ensaios sobre Norwid), Cracóvia, 2012; Outra língua (poemas), Ateliê Editorial, SP, 2007; Lago Salgado (poemas), Rio: 7 Letras, 2010; Livro do Rio Máximo do Padre João Daniel, São Paulo, Educ 2012; Szkice brazylijskie (Ensaios brasileiros), Varsóvia, 2016. Organizou Vida conversável de Agostinho da Silva (Assírio & Alvim, 1994) e Comunidade Luso-Brasileira e outros ensaios do mesmo autor (Funag, 2009). Criou e dirigiu coleção Poetas do Mundo da Editora UnB. Traduziu para o português: Quatro poetas poloneses (trad. com José Santiago Naud), Curitiba 1994; Bronisław Geremek (Os filhos de Caim, Companhia das Letras, 1995) Tomek Tryzna (Senhorita Ninguém, Record, 1999), Czesław Miłosz, Não mais (trad. com Marcelo Paiva de Souza), Editora UnB, 2003, Andrzej Szczypiorski (Uma missa pela cidade de Arras  e Bela Senhora Seidenman, Estação Liberdade, 2001, 2007), Leszek Kołakowski (Sobre o que nos perguntam grandes filósofos, vol. 3, Civilização Brasileira, 2009), Bruno Schulz, (Ficção completa, Cosac Naify, 2012, 2015). Para o polonês traduziu, entre outros, Mensagem de Fernando Pessoa e organizou a antologia de poesia brasileira 33 wiersze brazylijskie, Varsóvia, 2011.

Lattes: http://lattes.cnpq.br/6327595433352490

Resumo. O objetivo da palestra Stanisław Barańczak e a poesia que se salva na tradução é traçar

um perfil deste poeta e tradutor polonês de poesia (de línguas inglesa, russa e lituana), destacando

os princípios da sua prática tradutória que representam uma das mais impactantes contribuições

da teoria de tradução poética na Polônia.

Palavras-chave: Stanisław Barańczak; tradução de poesia; teoria da tradução poética; teoria da tradução na Polônia.

 

16:00

Coffee break

 

16:30

Mesa-redonda com comunicações de alunos Iniciação Científica, mestrandos e doutorandos

Envio de propostas para o email: poet@ufc.br

 

Coordenação: Philippe Humblé (VUB)

 

18:00 Lançamento de Livros

Lançamento, com leitura de trecho de uma cena, de Os Dois Primos Nobres, peça teatral, antes inédita, de autoria de William Shakespeare e John Fletcher, tradução e notas de José Roberto O’Shea (São Paulo: Iluminuras, 2017).

 

Outros lançamentos:

 

  • Brose, Robert de & Costa, Walter Carlos Costa. Poesia e Tradução. Fortaleza: Substânsia, 2017. Coleção Transletras, volume 3.
  • Carvalho, Raimundo (org.) Porque calar nossos amores Poesia homoerótica latina. Belo Horizonte/São Paulo: Autêntica, 2017.
  • Freitas, Luana Ferreira de; Torres, Marie-Hélène & Costa, Walter Carlos (orgs.) Literatura traduzida.Tradução comentada e comentários de tradução. Fortaleza: Substânsia, 2017. Coleção Transletras, volume 2.
  • Torres, Marie-Hélène; Freitas, Luana Ferreira de & Costa, Walter Carlos (orgs.). Literatura Traduzida. Antologias, coletâneas e coleções. Fortaleza: Substânsia, 2016. Coleção Transletras, volume 1.

 

 

10/11//17

 

09:00

Rafael de Carvalho Matiello Brunhara (UFRGS): “Traduzir a Lírica Grega Arcaica”

Coordenação: Juliana Steil (UFPel)

 

Rafael Brunhara é doutor em Letras Clássicas pela USP, instituição onde também formou-se bacharel e mestre. É professor adjunto de Língua e Literatura Grega na UFRGS e dedica-se atualmente à tradução integral da poesia elegíaca grega arcaica. Atua principalmente nos seguintes temas: gêneros poéticos na Antiguidade, poesia grega arcaica e tradução.

Resumo. Nos últimos anos observamos uma expansão e valorização dos estudos da poesia lírica grega arcaica no Brasil. Pode-se afirmar, com segurança, que a maior parte das publicações, entre dissertações, teses, artigos acadêmicos e traduções, foi feita nas últimas duas décadas. Tal crescimento resultou na ampla circulação de novas traduções, muitas delas preparadas por helenistas que se dedicam à área, como Ragusa (2011 e 2013), Antunes (2012) e, mais recentemente, Vieira (2017) e Flores (2017). Contudo, diferentemente de outros gêneros poéticos praticados na Grécia Antiga (como a épica e a tragédia, por exemplo), que nos chegaram em um corpus mais ou menos bem definido, os poemas líricos gregos nos foram transmitidos, em sua maioria, como fragmentos, em muitos casos indiretamente e em relação de dependência com as fontes e testemunhos antigos que os conservaram, uma relação frágil que não raro exige do tradutor articular o que constituía o fazer “lírico” na Grécia com nossas noções contemporâneas. Esta fala pretende inventariar e discutir os critérios utilizados pelos tradutores de lírica grega antiga para resolver os problemas de transmissão desse corpus.

Palavras-chave: Lírica; Tradução de poesia; Poesia Grega Arcaica; Filologia Clássica; Grécia Arcaica.

Lattes: http://lattes.cnpq.br/9546538531641985

 

10h30

Mesa-redonda: Pablo Andrada (UFPB): “Augusto dos Anjos em espanhol”; Juliana Steil (UFPel): “Autenticidade e intermidialidade nos livros proféticos de William Blake: um impasse para a tradução”; Otávio Guimarães Tavares (UFPA): “Traduzir o conceito em Trânsito: a tradução como ação performática”.

 

Coordenação: Luis Alberto Brandão (UFMG)

 

Pablo Andrada é professor de Espanhol na UFPB Litoral Norte no curso de Secretariado Executivo. Tem graduação em Letras pela UFPA, mestrado em Letras pela UFF e doutorado em Estudos da Tradução pela UFSC.

Lattes: http://lattes.cnpq.br/8413037221967788

Resumo. Este trabalho discute elementos poéticos, rítmicos e estéticos em geral da tradução para o espanhol dos poemas do livro Eu, de Augusto dos Anjos. Destaca-se a poética como um aspecto fundamental para traduzir literatura e se discute o uso do grotesco e da dissonância na realização do ato poético. Junto a isso, ganha relevância o papel das metáforas em combinação com outros componentes sonoros da poesia.

Palavras-chave: Poesia traduzida; literatura traduzida; prosódia; Augusto dos Anjos.

 

Juliana Steil é graduada em Letras pela Universidade do Vale do Itajaí e doutora em Estudos da Tradução pela Universidade Federal de Santa Catarina, com estágio de pesquisa na Universidade da Califórnia em Los Angeles. Desenvolveu tese sobre a obra do artista inglês William Blake. Entre seus trabalhos como tradutora estão A Época da Inocência, romance de Edith Wharton traduzido em parceria com Jonas Tenfen (Record, 2011), e Explorando Teorias da Tradução, obra de Anthony Pym traduzida em colaboração com Rodrigo Borges de Faveri e Claudia Borges de Faveri (Perspectiva, 2017). É professora da Área de Tradução da Universidade Federal de Pelotas desde 2013.

Lattes: http://lattes.cnpq.br/5586916987453183

Resumo. Esta comunicação examina como as traduções da obra de William Blake para a língua portuguesa têm procedido no que se refere à materialidade visual dos livros proféticos do autor. Serão discutidas as soluções apresentadas em traduções como “A rosa Doente” (tradução de Augusto de Campos, Viva Vaia, 1979) e Jerusalém (tradução de Saulo Alencastre, Cânone Gráfico, 2015).

Palavras-chave: William Blake; intermidialidade; tradução.

 

Otávio Guimarães Tavares é doutor em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina. É professor adjunto do Instituto de Letras e Comunicação da Universidade Federal do Pará (UFPA) no curso de Letras Inglês do campus de Belém. Atualmente pesquisa as noções de artefato e performance na obra de arte literária. É coordenador do grupo de pesquisa NELAA – Núcleo de Estudos em Literaturas e Artes Anglófonas. Atua nas áreas de Teoria Literária, Literatura de Língua Inglesa, Estética e Filosofia da arte, Poesia, Literatura Digital

Lattes: http://lattes.cnpq.br/9975804381328924

Resumo. Esta fala pretende explorar as possibilidades da tradução literária a partir dos pressupostos de uma arte e literatura conceitual em seu elemento contextual performático, marcadas por Joseph Kosuth, Sol LeWitt, Ana Hatherly e Kenneth Goldsmith. A partir destas, pretendo pensar a tradução ou “dublagem” do livro Traffic, de Kenneth Goldsmith para o português, tendo em vista suas consequências e possibilidades, e, por fim, propor entender a tradução literária como ato experimental.

Palavras-chave: Tradução; Performance; Kenneth Goldsmith.

 

15:00

Mesa-redonda com comunicações de alunos Iniciação Científica, mestrandos e doutorandos

Envio de propostas para o email: poet@ufc.br

Coordenação: Simone Homem de Mello (CGA)

 

16:30

Coffee break

 

17:00

Conferência de encerramento

Conferência: José Roberto O’Shea (UFSC): “O Desafio de itens culturais Específicos: Troilus and Cressida The Two Noble Kinsmen em tradução”

 

José Roberto O’Shea formou-se bacharel pela Universidade do Texas-El Paso (1977), mestre em Literatura pela American University, D.C. (1981) e PhD em Literatura Inglesa e Norte Americana pela Universidade da Carolina do Norte-Chapel Hill (1989). Na condição de “research fellow”, realizou estágios de pós-doutoramento no Shakespeare Institute-Universidade de Birmingham (1997, fomento CAPES), na Universidade de Exeter (2004, fomento CNPq) e, novamente, no Shakespeare Institute (2013, fomento CAPES). Foi bolsista da Folger Shakespeare Library (2010). Ingressou no quadro de docentes da Universidade Federal de Santa Catarina em 1990, como Professor Adjunto, e nessa instituição foi Professor Titular de 1992 a 2016. Atualmente, é Professor Titular voluntário (aposentado) e membro permanente do Colegiado do Programa de Pós-graduação em Inglês da UFSC, atuando em pesquisa, orientação e docência na área de Literatura de Língua Inglesa, sobretudo nos seguintes temas: Shakespeare, Performance, e Tradução Literária. É pesquisador do CNPq desde meados dos anos 90, com projeto que contempla traduções em verso e anotadas da dramaturgia shakespeariana, tendo publicado as seguintes peças: Antônio e Cleópatra; Cimbeline, Rei da Britânia (Prêmio Jabuti, menção honrosa, 2003); O Conto do Inverno (Prêmio Jabuti, finalista, 2008); Péricles, Príncipe de Tiro; Hamlet, o Primeiro In-Quarto; Os Dois Primos Nobres (antes inédita no Brasil); Tróilo e Créssida (em revisão). Tem cerca de 50 traduções publicadas, abrangendo ficção (longa e curta), não-ficção, poesia e teatro.

Resumo. A fala invoca preceitos da chamada “tradução/transposição cultural” bem como noções relativas à tradução de “itens culturais específicos”, isto é, “culture-specific items” (CSIs), enquanto procedimentos tradutórios balizadores, abrangentes, e capazes de subsidiar o enfrentamento de desafios impostos pela tradução da poesia dramática shakespeariana. As ilustrações são extraídas de minhas traduções mais recentes, realizadas no âmbito de projeto de pesquisa apoiado pelo CNPq, a saber, traduções em verso e anotadas — Tróilo e Créssida Os Dois Primos Nobres –, a primeira atribuída a Shakespeare, a segunda, a Shakespeare e John Fletcher.

Palavras-chave: Shakespeare; Fletcher; Tróilo e Créssida; Os Dois Primos Nobres; Tradução Cultural; Item Cultural Específico

 

Coordenação: Nicoletta Cherobin (PNPD/CAPES; POET)

 

Encerramento

Robert de Brose (Coordenador da POET, Pós-Graduação em Estudos da Tradução)

 

COMISSÃO ORGANIZADORA

Fernanda Suely Muller

Kelvis Santiago do Nascimento

Luana Ferreira de Freitas

Nicoletta Cherobin

Robert de Brose

Walter Carlos Costa

 

 

EQUIPE DE APOIO

Adriana A. Colares

Edwin Leonardo Barreira

Karine Teixeira

Tom Jones da Silva Carneiro

COMITÊ CIENTÍFICO

Ana Cláudia Trierweiller (UPC, Lima, Peru)

Andréia Guerini (UFSC)

Bruno Gomide (USP)

Carolina Paganine (UFF)

Izabela Leal (UFPA)

Marcelo Tápia (CGA)

Marcelo Paiva de Souza (UFPR)

 

APOIO

 

Centro de Humanidades da UFC

POET – Pós-Graduação em Estudos da Tradução

 

Grupo de Pesquisa CNPq Estudos Literários da Tradução dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/1976354096204745

Grupo de Pesquisa CNPq Tradução e Recepção dos Clássicos http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/5250434989137606G

 

Acessar Ir para o topo